O violino é o membro soprano da família dos cordofones de arco, que inclui a viola e o violoncelo. O instrumento possui grande capacidade de som sustentado e grande gama de expressão e intensidade. Geralmente, a sonoridade do violino é obtida por meio do deslizamento suave do arco sobre as cordas; as vibrações são transmitidas através do cavalete para o tampo harmônico e em seguida através da alma para o fundo. O violino de quatro cordas, que já era conhecido em 1550, foi precedido por um de três cordas. Este último era uma mistura do rebec, da rabeca renascentista e da lira de braccio (forma desenvolvida de rabeca). No século XVI, despontou a escola italiana de fabricantes de violinos (Andrea Amati em Cremona, Gasparo de Saló em Brescia), que realizou adaptações e aprimoramentos no instrumento. Estas modificações foram importantes para que a estrutura do violino pudesse permitir que os instrumentistas executassem as composições dos autores do século XVII, mais exigentes, particularmente em óperas, sonatas e concertos. No século XIX, orquestras e salas de concerto exigem mais do potencial sonoro do instrumento e os luthiers do período aprimoraram ainda mais as técnicas de fabricação. Em 1800, a forma e a técnica do violino já estavam padronizadas, apesar da queixeira ter sido inventada e acrescentada por volta de 1820, por Spohr. No entanto, esta foi considerada uma modificação de menor importância. Na contemporaneidade, o violino sofre ainda algumas adaptações: reforço interno, cavalete mais elevado, braço em ângulo mais agudo em relação ao corpo (para permitir maior tensão nas cordas) e espelho mais longo (para alcançar notas mais agudas). O repertório atual do violino é extenso: sonatas, música de câmara, concertos, peças ligeiras, peças que buscam exibir um alto nível técnico, entre outros. Além disso, assim como outros cordofones de arco, o violino pode atualmente ser amplificado eletronicamente e, neste caso, possui estrutura vazada, com diferentes formatos.