Bandolim Giannini - Museu Virtual de Instrumentos Musicais

BandolimGiannini | IMS

Registros audiovisuais

Os instrumentos mostrados nos vídeos e/ou áudios não são exemplares do Museu, mas similares. O uso desses vídeos e/ou áudios não tem fins lucrativos. O recurso audiovisual é utilizado com finalidade educativa, como forma de exemplificar o uso do instrumento musical.

Áudio

Instrumento: Bandolim
Obra: Brejeiro
Compositor: Ernesto Nazareth (1863-1934)
Intérprete: Jacob do Bandolim
Fonte: Áudio extraído do vídeo originalmente publicado no canal do Youtube Jacob do Bandolim – Topic com o título de “Brejeiro – Jacob do Bandolim”.

Mais informações

Descrição

Instrumento construído no modelo português, de fundo plano. Possui quatro ordens de cordas com afinação sol2-ré3-lá3-mi4. As cordas são tocadas com um plectro. Este exemplar possui tampo de pinho, tarraxas de resina, detalhes em madrepérola na roseta e no friso e cavalete de metal sobre madeira (sem osso). Há um desenho feito em marchetaria no tampo.

Este bandolim, integrante do acervo do Instituto Moreira Salles – IMS, pertenceu a Antônio André de Sá Filho (Rio de Janeiro, 21 de março de 1906 – Rio de Janeiro, 2 de julho de 1974). Conhecido como André Filho, o compositor, arranjador, multi-instrumentista (piano, violão, bandolim, violino, banjo, percussão), radialista e cantor é o autor de “Cidade Maravilhosa” (1934), que se tornou um hino da cidade do Rio de Janeiro e o tradicional fechamento de seus bailes carnavalescos. Com a criação do Estado da Guanabara, “Cidade Maravilhosa” foi instituída como “marcha oficial da cidade do Rio de Janeiro”, por meio da Lei n. 5, de 5 de maio de 1960.

Para saber mais, acesse o site de André Filho no domínio do IMS: https://ims.com.br/titular-colecao/andre-filho/

E ouça a obra: Cidade Maravilhosa
Compositor: André Filho
Intérprete: Aurora Miranda
Fonte: Vídeo publicado no canal do Youtube Gustavo Lopes com o título de “Aurora Miranda e André Filho | Cidade Maravilhosa (1934) · Áudio bruto”.

Para saber mais

O bandolim deriva da mandola italiana e da mandore francesa, instrumentos equivalentes do século XVI que eram maiores e com seis a oito ordens de cordas, ou seja, seis a oito pares de cordas. Existiam também mandolas menores na Itália e na Alemanha, com quatro ou cinco pares de cordas. Na Itália, a mandola passou a ser chamada de mandolino e o instrumento tornou-se bastante popular entre os séculos XVII e XVIII. No século XIX, a família de construtores Vinaccia realizou ajustes técnicos no bandolim napolitano do século XVIII: houve um aumento no tamanho da caixa acústica, a escala foi modificada, e a afinação mi-lá-ré-sol tornou-se padrão. Todas essas modificações tiveram o objetivo de aumentar a potência sonora do bandolim, já que os teatros tornavam-se cada vez maiores e com maior público pagante. Atualmente, existe uma grande variedade de modelos de bandolins, porém todos possuem a mesma escala e afinação do bandolim napolitano. O instrumento é bastante utilizado no jazz, no bluegrass e na música popular irlandesa. No Brasil, o instrumento integra os conjuntos que tocam choro, gênero musical que nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no início do século XIX. (Texto escrito com a colaboração do professor Paulo Sá, da UFRJ).

Dados gerais

Classificação

321.321-6 Alaúdes em forma de caixa achatada com braço e cravelhame; som obtido com um plectro

Dados do exemplar

Código

mvim_ims_co_006

Data

Século XX

Local de fabricação

Brasil

Fabricante / Autor

Giannini

Material

madrepérola, metal, pinho

Dimensões

C= 62,5cm L= 29cm A= 6,2cm

Marcas e Inscrições

Inscrição de origem: selo no interior da caixa de ressonância - "GUITA...RATA" (perda de uma parte do selo impede a leitura do que parece ser "A GUITARRA DE PRATA" - "Porfírio Martins & Cia. Ltda." - Há a figura de uma pequena estrela - "Todos os Instrumentos de Música - Acessórios - Vitrolas - Discos - Métodos - Estudos - Músicas." - "Fab. por: T. GIANINNI - Alam. Olga, 414 - S. Paulo" - "IND. BRASILEIRA" - "RUA DA CARIOCA, 37".

Localização

Instituto Moreira Salles

Bibliografia

ALMEIDA, 1994.
BASE MINERVA, 2014.
BERKLEY, 2009.
BETHENCOURT; BORDAS; CANO; CARVAJAL; SOUZA; DIAS; LUENGO; PALACIUS; PIQUER, ROCHA, RODRIGUEZ; RUBIALES; RUIZ, 2012.
BRANDÃO, 2013.
ENCICLOPÉDIA ITAÚ CULTURAL DE ARTE E CULTURA BRASILEIRA, 2021.
INSTITUTO MOREIRA SALLES (SITE), 2021.
MIMO, 2014.
PAULO SÁ, 2014.
SADIE, 1994.

Notas

As tarrachas de resina substituíram as cravelhas originais de madeira. Há um selo sobreposto a outro, o que impede de se ver as informações registradas no selo de baixo. Fabricado para a tradicional loja no Rio de Janeiro "A GUITARRA DE PRATA".