O Tambor de Taboca destaca-se entre as variantes das formas e linguagens relacionadas ao Tambor de Crioula. Porém, conforme ressaltado no Dossiê IPHAN 15 – Tambor de Crioula do Maranhão, onde é descrito o processo de registro e patrimonialização desta forma de expressão, não se deve classificar o Tambor de Taboca como mera variação ou derivação, visto que ele enriquece a diversidade dos toques de tambores da Ilha de São Luís e do interior do Maranhão, exibindo histórias, estilos e performances próprias.
O agrupamento rítmico Tambor de Taboca é composto por quatro ou cinco bastões de bambu de até 70 centímetros; os dois menores são tocados por um só instrumentista e os demais de forma individual. Na formação rítmica com tabocas, os executantes imitam os tambores de acompanhamento dos cânticos do Tambor de Crioula; desta forma, as tabocas recebem os mesmos nomes e funções do agrupamento rítmico que simula, que são os seguintes: tambor grande (de som grave), socador (também chamado de meião) e crivador (de som mais agudo). A prática de bater taboca no chão imitando tambores com membrana – chamados de membranofones – é muito conhecida no Maranhão e faz parte dos Terreiros Mina/Cura – tradicionais locais de cultos de religião afro-brasileira no estado – na região de Codó, Cururupu, Guimarães e litoral norte.
Os tambores de taboca também são encontrados no Haiti, Trinidad e na região de Barlovento, na Venezuela, onde tem o nome de quitiplás, que possui uma composição de agrupamento rítmico muito semelhante ao da manifestação brasileira. Em comum, todos têm em sua origem a herança cultural de raízes africanas.