A di é a flauta transversal da China também conhecida por dizi e por outros nomes regionais. Existem dois tipos de di, a qudi e a bangdi. Enquanto a qudi possui tamanho maior e é normalmente associada a melodias líricas e melódicas da região Jiangnan, a bangdi é menor, sendo mais associada a melodias vivas e animadas. A membrana que cobre um dos orifícios do instrumento é chamada de dimo, e é feita de uma membrana muito fina retirada da superfície interior de uma seção do bambu ou da cana. Para que a membrana permaneça em cima do orifício, o instrumentista aplica nela uma substância aquosa e grudenta como, por exemplo, a seiva do pêssego. A maioria dos estudiosos chineses acredita que a di é um instrumento da Ásia central que foi introduzido na China durante a dinastia Han (206 a.C. – 220 d.C.). Antes disso a China já tinha uma flauta transversal que era conhecida como chi, instrumento que provavelmente influenciou no desenvolvimento da di. A di do período Han era conhecida como hengchui e era utilizada por conjuntos militares que se apresentavam ao ar livre. A hengchui ainda não possuía o orifício coberto pela membrana, característico da Di. No século VI as flautas transversais passaram a ser conhecidas na China como hengdi, apesar de outros nomes ainda serem utilizados. A hengdi tinha de seis a sete orifícios, mas ainda não tinha o orifício coberto pela membrana, que foi primeiramente mencionada apenas no início do século XII, no tratado Yueshu. Durante a dinastia Ming (1368 – 1644) a qudi e a bangdi (cada uma com seis orifícios e membrana) se tornaram instrumentos solistas em óperas e em grupos instrumentais. No século XX, a bangdi tornou-se a variação de di mais utilizada na música de concerto.