No Brasil, logo após o descobrimento, vieram de Portugal diversos instrumentos musicais, contudo, com a chegada da Corte Imperial no Brasil, em 1808, a quantidade de instrumentos e de partituras se multiplicaram e logo os instrumentos começaram a ser fabricados em solo brasileiro. Diversas fontes de época mencionam em textos e ilustrações instrumentos de cordas dedilhadas presentes no Brasil, tais como: alaúde, bandolim, cítara, guitarra, harpa, machinho (que deu origem ao cavaquinho), tiorba, viola (que em português designa tanto o instrumento de cordas friccionadas, como o instrumento de cordas dedilhadas) e o violão. “O violão foi rapidamente incorporado aos hábitos da elite social fluminense, sendo praticado tanto no Palácio da Boa Vista, quanto nos salões do século XIX” (Taborda, 2021, p. 85). No século XX o violão alcança uma popularidade em todo o mundo tanto como instrumento acompanhador de canções quanto como instrumento solista. Nos primeiros anos do século XX Quincas Laranjeiras (Olinda, 8 de dezembro de 1873 – Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 1935), João Pernambuco (Petrolândia, 2 de novembro de 1883 – Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1947), Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 – Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) e Américo Jacomino (São Paulo, 12 de fevereiro de 1889 – São Paulo, 7 de setembro de 1928) se destacam nas composições e na execução de um repertório solista para o violão.