O reco-reco é um idiofone com entonação tímbrica não alinhada ao processo tonal, com som de altura indeterminada. Sua forma é normalmente cilíndrica. Pode ser feito de um ou mais gomos de bambu (taboca ou taquara), madeira, metal, chifre bovino ou cabaça (como o seu similar cubano, o guiro). Ao longo de todo o seu comprimento são abertos sulcos transversais, criando uma faixa dentada que é friccionada ou atritada com uma baqueta específica para gerar o som.
Neste exemplar, o corpo do instrumento é confeccionado de bambu no qual é cavado um sulco onde é encaixada uma chapa de metal serrilhada com formas geométricas. Na parte superior do instrumento, feita de madeira, são presos dois guizos de metal que acrescentam uma sonoridade diferenciada a esse reco-reco.
O instrumento integra a rítmica brasileira e faz parte do nosso folclore e da música de diversos povos indígenas. Villa-Lobos fez amplo uso do reco-reco em suas obras.
Reco-reco é o termo genérico para o idiofone raspado. Refere-se a qualquer tipo de material em cuja superfície – ou parte dela – seja feita de uma série de sulcos transversais e paralelos bastante próximos, ao longo do comprimento da peça, para serem atritados ou friccionados com um tipo próprio de baqueta.
PEDRO SÁ, 2014.
MIMO, 2011.