Instrumento, fabricado em Turim, na Itália, é feito de ébano com tubo cônico e tocado com palheta dupla. Possui três seções: junção superior (incluindo o compartimento da palheta), junção inferior e a campana (pouco alargada). Entre as seções e na extremidade inferior da campana existem anéis onde a madeira tem cor branca. O mecanismo de chaves é formado por seis orifícios e doze chaves. O instrumento não é transpositor. O exemplar do museu não possui palheta.
O oboé se originou provavelmente a partir do desenvolvimento da charamela e do hautbois. Existe grande proximidade histórica entre esses dois últimos instrumentos. O termo “hautbois”, que quer dizer madeira alta, comprida ou dura, foi aplicado na França e na Inglaterra à várias charamelas pequenas. A charamela é um instrumento de madeira com tubo cônico, seis orifícios e sem chaves, tocado com palheta dupla; esta é presa à uma espécie de disco posicionado na extremidade superior do instrumento chamado de pirouette. Ainda existem muitas controvérsias a respeito da evolução da charamela para o oboé. Provavelmente as mudanças ocorridas na charamela durante o século XVII deram origem a um novo instrumento denominado de hautbois, que possuía de duas a três chaves e extensão de duas oitavas. O hautbois passou por diversas modificações como o estreitamento do tubo, os orifícios que se tornaram menores, e no início do século XIX, a adição de oito chaves. Em meados do século XIX o hautbois estruturou-se de maneira muito próxima ao oboé que conhecemos atualmente, e, ainda nesse mesmo século, Josef Sellner criou um oboé com treze chaves. Este exemplar do museu pertence ao final do período Barroco.
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